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Sunday 27 February 2011

NOMES PORTUGUESES DADOS ÀS RUAS por JOAQUIM CORREIA-AFONSO

Uma comissão formada sob a direção de Flaviano Dias, “lutador pela liberdade” (“freedom fighter”) e jornalista, exigiu do Governo de Goa que fossem cancelados os nomes portugueses dados às ruas e várias localidades em Pangim e outras cidades e aldeias, e que, em substituição, lhes fossem dados nomes dos heróis nacionais, “freedom fighters” e pessoas eminentes que foram leais a este Estado.
Há várias ruas em Pangim, Margão e outras cidades as quais, além de serem designadas com nomes dos porugueses (europeus), levam também nomes de Goeses com nomes portugueses. A comissão tem a obrigação de esclarecer a sua posição perante os nomes de Goeses. O próprio Flaviano leva um nome português, assim como eu também, embora seja “verdadeiro Goês” (“Niz Goenkar”).
Houveram no passado muitos Goeses leais à sua terra natal, mesmo antes da conquista de Goa pelas forças armadas Indianas (chamada “libertação”), tanto durante a monarquia como debaixo da ditadura Salazarista, tendo alguns ainda vindo a sofrer às mãos dos colonialistas. Para eles, a sua terra natal, que muitos chamavam “minha terra”, era GOA, nunca incluindo os outros distritos da “provincia ultramarina” como Damão, Diu, Dadrá e Nagar Haveli, ainda menos referindo-se a Portugal ou à India.
Entre esses grandes vultos, leais ao seu torrão natal, que deram do seu todo e fizeram muito por Goa e pelos Goeses e que honraram a sua terra natal com o seu trabalho e dedicação à profissão, podemos mencionar A. B. de Bragança Pereira (cujo nome já está dado a uma das ruas de Pangim), D. Propércia Correia-Afonso de Figueiredo, Ramachondra Shankar Naik (pai do Director sido dos Serviços das Obras Públicas, Engº. Balkrishna Naik), Dr. Froilano de Melo, Francisco Luis Gomes, José Inácio de Loiola, Dada Vaidya, Bhau Daji Lad (Ramakrishna Vithal Lad), Mons. Rodolfo Dalgado, Kashinath Trimbak Telang, Tristão de Bragança-Cunha, Shennoy Goembab, B. B. Borkar, Cardeal Valeriano Gracias, Dr. Ernesto Borges, Prof. Damodar Dharmanand Kosambi, Dr. Jack de Sequeira, Dr. Manoharrai Sardessai, Ravindra Kelekar … entre muitos mais, todos eles vultos eminentes do seu tempo, que trabalharam sempre pelo bem-estar dos Goeses. Mais um, é o Bispo Dom Matheus de Castro, nascido circa 1594, conhecido como tendo sido “um grande Goês, revolucionário, pioneiro na luta pela liberdade, o qual quasi sozinho lutou contra os portugueses e o Padroado”. Todos estes merecem, e devem receber, o devido reconhecimento.
Vemos, assim, que Goa tem um número suficientemente grande de “vultos eminentes” de Goa para deixar de parte os heróis nacionais e mais os chamados “freedom fighters”.  Será grande pena, se não uma vergonha, se os que se chamam “freedom fighters” não tiverem conhecimento das personalidades cujos nomes mencionei acima.
A mesma comissão, aparentemente composta totalmente dos chamados “freedom fighters”, sem mais representantes de outros sectores da sociedade, propõe organizar um programa, andando de aldeia para aldeia, afim de explicar quem foram esses freedom fighters. Acho, porém, que eles terão, primeiro, de esclarecer ao povo, especialmente à juventude de hoje, o que é que eles fizeram para serem considerados “lutadores pela liberdade”. Pois tem-se ouvido falar de casos de pessoas envolvidas em roubos, falsificações de documentos e assinaturas, e em vários outros crimes, que foram condenadas à prisão durante o regime português. Dada a conquista pelas forças armadas Indianas, elas foram postas em liberdade e tornaram-se “freedom fighters”, afim de receberem uma pensão bem forte do Governo e viver à custa do povo.
Há muitos que dizem que esses chamados “freedom fighters” nada fizeram para “libertar” Goa do jugo português. Que Goa não foi “libertada”, mas sim “conquistada” pelas forças armadas Indianas sob as ordens do Primeiro Ministro sido, Nehru. Ainda a Marinha reclama o direito à posse do aeroporto de Dabolim “por direito de conquista”. Que eu saiba, nenhum politico e nenhum “freedom fighter” objetou a essa pretensão ou ao uso da palavra “conquista”. Os que se dizem ser “lutadores pela liberdade” ou “freedom fighters” teem, portanto, a obrigação de esclarecer em que base reclamam terem sido lutadores pela liberdade, ou em que capacidade tomaram parte na “libertação” de Goa ou na sua “conquista”.
E que é daqueles que, pela Goa inteira, teem estado a lutar para libertar Goa da corrupção, extração illegal de minério, construções ilegais, extração de areia do leito dos rios, destruição dos recursos naturais, destruição da ecologia? Os que estão lutando para proteger as suas casas contra a demolição para o fim do alargamento das estradas nacionais que servirão de corridor entre os dois Estados vizinhos? Pessoas que lutam para terem a infraestrutura básica – estradas em boas condições, fornecimento ininterrupto de electricidade e água, acesso às aldeias remotas, serviços adequados de saúde? Não são eles lutadores pela liberdade, os verdadeiros freedom fighters?

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