PANGIM: A magistrada judicial de 1.ª classe Sarika Phaldesai ordenou hoje, como última oportunidade, ao Padre Newton Rodrigues, ex-pároco de Ribandar, para que comparecesse no Tribunal, para responder pelo caso de 2004 relacionado com a igreja de Ribandar.
O Tribunal vai interrogar a testemunha da acusação, a Sr.ª Cynthia Fernandes, que fazia parte do comité encabeçado pelo então pároco de Ribandar, Padre Newton Rodrigues.
A ordem dirigida a Newton Rodrigues chega no decurso de uma falta de comparência em tribunal apesar de a convocação lhe ter sido enviada para o Canadá, onde é Pastor da igreja de Santa Bernardete, na cidade de Calgary.
Foi uma denúncia do Padre Newton Rodrigues que levou ao processamento do advogado Aires Rodrigues e de vários habitantes de Ribandar por terem entrado na igreja e causado distúrbio durante a reunião do comité.
Contudo, a testemunha da acusação, o repórter televisivo Anil Patil, que tinha visitado a igreja no dia do alegado incidente, disse hoje em tribunal nenhum tipo de incómodo fora causado por Aires Rodrigues e restantes habitantes quando entraram na igreja; declarou também que a activista social Auda Viegas ? que se encontrava igualmente na igreja ? que o padre Newton Rodrigues confessara ter molestado uma menina de Ribandar de apenas 13 anos.
O Sr. Patil também disse em tribunal que outras pessoas de Ribandar lhe haviam confessado que o padre tinha tido um comportamento incorrecto também com outras raparigas.
Uma outra testemunha, o Sr. Ajay Naik, ? que era inicialmente da defesa ? tornou-se hostil depois de declarar que não estava informado do conteúdo do panchanama que lhe deram a assinar. A juíza Sarika Phaldesai adiou a sessão para o dia 31 de maio ? data em que a testemunha da defesa, a Sr.ª Connie Rosario, será ouvida.
Enquanto o advogado Rodrigues e outros foram processados por terem confrontado o padre Newton Rodrigues, o processo da mãe da menina alegadamente molestada contra o padre foi arquivado. A denúncia fora registada na estação de polícia de Velha Goa por alegado abuso sexual de menor de acordo com o artigo 354 do Código Penal e secção 8(2) do Goa Children?s Act. A mãe declarara que a filha teria sido levada pelo padre para o seu quarto a pretexto de uma confissão e que consequentemente a molestou sexualmente.
O então Superintendente Sénior da Polícia, assim como o director da acusação deram continuidade ao processo; contudo, o então Governador do Estado de Goa, S. C. Jamir, interveio para salvar o padre de ser processado.
A 14 de Julho de 2005 o caso foi enviado ao Governador e a 31 de Agosto a polícia remeteu o relatório ao Tribunal de Menores indicando a arquivação do caso. Entretanto o padre Newton Rodrigues foi afastado da Arquidiocese de Goa e mudou-se para o Canadá.
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